Mais um ano começou, e como sempre, inaugurado pelo programa "Big Brother Brasil", que rende milhões para uma emissora --que paga seis para um ex-jogador emagrecer, e em agosto pede dinheiro para atender instituições carentes.
Um programa em que a vida alheia impera e a baixaria pauta os hábitos de quem assiste.
Não posso negar que nunca assisti à um desses, assim como o recém lançado "The Voice Brasil" --que se tornou uma febre no país e assunto para conversas de botequins, cabeleireiro e etc.. Muitos telespectadores elogiaram e exaltaram a criatividade dos globais na elaboração do mesmo.
Sinto em dizer, mas o "The Voice" foi apenas mais uma cópia de tantos outros programas de música que circulam pelas outras emissoras. Qual a diferença deste para o Ídolos, Astros, ou qualquer outro que passa por ai?
Ficamos sujeitos e reféns de uma programação que não alimenta nossas mentes e um sensacionalismo barato que nada nos acrescenta.
Tinha Pedro Bial como um ídolo. Um jornalista que cobriu a queda do Muro de Berlim, as Guerras Americanas na região do Oriente Médio, e tantos outros, não deveria apresentar um programa como esses.
É como se Sérgio Malandro apresentasse o "Jornal Nacional". A "TV Globo" tenta mostrar na figura de Pedro Bial, que o "BBB" é algo útil e imprescindível para a família brasileira --menos para uma minoria.
| Rubens Cavallari/Folhapress | ||
 | ||
| Candidatos a participar do BBB 2013 ficam expostos em uma casa de vidro instalada em um shopping de SP |
Com a maioria desprovida de cultura, a "Globo" até atinge sua meta. Afinal, caso contrário não estariam na décima terceira edição do programa.
Quantas pessoas ouvi se lamentando por terem de acordar cedo, e não poder acompanhar o programa como desejariam? Quantos não escutei dizendo que nesta ou naquela edição, os participantes foram melhores, mais engraçados ou coisas do tipo? Será que essas pessoas não conhecem um livro, um jornal, uma revista?
José Genoino, condenado do mensalão, assumiu o cargo de deputado federal, mas não é com isso que brasileiro se preocupa: o que querem ver são as beldades e os sarados que aparecem no "Big Brother".
E ainda queremos que o Brasil se desenvolva afirmando que não somos um bando de subdesenvolvidos.
Um país que precisa de cotas em universidade para regularizar um erro do governo, fazendo aqueles que estudaram nessa história toda. Tenho vergonha de chamar o Brasil de minha pátria
Há quem diga que estou equivocado em meus dizeres, mas creio que enquanto estivermos a assistir esse programa, ficaremos como eles querem: com mentes fáceis de se manipular e vazias de conhecimento. Dessa forma, assuntos como cotas e mensalão não sejam discutidos com argumentos e críticas.
E assim, como vacas de presépio, abaixemos a cabeça para as decisões dessa "classe dirigente".
fonte:http://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/meuolhar/1211195-big-brother-brasil-e-um-programa-que-pauta-a-baixaria-critica-leitor.shtml
Nenhum comentário:
Postar um comentário